Ser feliz e gratidão!
Eu achava que a
felicidade residia em grandes gestos, um jantar romântico com velas e flores,
uma efusividade desmedida no dia-a-dia, em dar constante atenção ao outro. Ao
longo dos anos fui aprendendo que a felicidade reside nas pequenas coisas, num
olhar carregado de carinho, num pequeno abraço, num afagar a face, em sentar no
sofá ombro com ombro num contacto conhecido. Chegar a casa perguntar e
responder: “Como correu o teu dia?”, “Estás bem?”, falar do dia-a-dia, de nós,
da vida, também é felicidade. Não é a felicidade dos filmes, essa aparece em
dias muito especiais quando aparece, mas sim a felicidade de todos os dias.
Aquela que conforta, que nos mima, que nos dá alento e que devia ser
considerada a mais importante. Quem tem, ou procura, e trabalha - sim trabalha
porque a felicidade do dia-a-dia tem que ser trabalhada - deveria agradecer
todos os dias. Deveria sentir gratidão pelas grandes e pequenas coisas,
especialmente pelas pequenas, porque pelas grandes todos agradecem. Entenda-se
que quando falo em coisas não me refiro a objectos e sim a momentos,
sentimentos e gestos.
Este último ano aprendi
a dar outro valor à gratidão, um valor mais importante. Ser grata e
considerar-me abençoada fez-me ser uma pessoa melhor. E os momentos menos bons,
são encarados como um fortalecimento da alma e um acrescento à nossa essência.
Sinto felicidade e gratidão todos os dias.